POBREZA, FÉ E ESPERANÇA

Apesar das dificuldades em que a família vivia, Geralda estava sempre alegre e otimista, exceto quando teve que mudar para um rancho de sapé em Fábrica de Campinas, (1947). Foi a fase mais dificil da nossa vida ! Ela dizia sempre.

Entre as suas peças musicais, destaca-se uma linda valsinha triste que ela compôs em Fábrica de Campinas, na qual ela expressa o seu desencanto com a vida. A fé em Deus, o esposo e os filhos me davam força para viver. Naquela época, eu também carregava no ventre a quarta filha, e muitas vezes nem tínhamos o que comer! Ela recordava ainda se emocionando.

Geralda viveu no verdadeiro tempo da fé, esperança e caridade. Apesar das circunstâncias, ela sempre se preocupou em ajudar as pessoas, em preservar as tradições e aspectos culturais de Itapanhoacanga, principalmente o religioso. Ela foi fiel devota de São José e Nossa Senhora. Desde jovem até sua morte ela também ornamentou andores, tradição que passou para seus filhos. O andor com Nossa Senhora sai, até hoje, da sua antiga morada. Imagens de 1 a 4, residências de Geralda.