RETORNO À ITAPANHOACANGA

Após a devastadora experiência em Fábrica de Campinas, a família retorna à Itapanhoacanga, ainda mais pobre, para um começar de novo. Enquanto “consertavam” a antiga morada de Benedicto e Ambrozina, eles residiram em casa emprestada por amigos.

Finalmente estabilizados, Geralda prazeirosamente enfeitava as igrejas com flores de interessantes nomes, e colhidas do seu próprio jardim: era pincel das moças, crista de galo, chita de pobre, lírio eucarístico, boca de leão, espirradeira, brinco de princesa, coração (a)magoado, paixão de Cristo, chuva de prata, saudade roxa, lampião, palma de Santa Rita, copo de leite, lirio de São José.

E além dessa variedade, havia também rosa- (Japão), adália, palmas, crisandália, hortênsia, manacá, jardineira, buganville, campainha da glória, sempre viva, perpétua, acácia, jasmin, cravo e cravinas. Flores artificiais para enfeitar as igrejas, em sua época nunca foi necessário. (Abaixo, ilustração do jardim de Geralda, homenagem e andores).

Benedicto dançou e conduziu marujada (tradicional dança parte das festividades religiosas). Geralda, à exemplo do seu pai, participou não oficialmente mas ela aprendeu dançar e conduzir marujada também. Esta é uma das razões pela qual na Festa do

Rosário, os marujos lhes prestam homenagem fazendo uma pausa solene na residência onde eles viveram.